Uma organização transnacional de tráfico de pessoas entre os Estados Unidos e o México foi desmantelada graças à cooperação entre os dois países, informou nesta quinta-feira (10) o Departamento de Justiça americano.
A organização operava principalmente na cidade fronteiriça de Nogales e é acusada de traficar um grande número de pessoas do México, América Central e América do Sul para o Arizona e outros locais nos Estados Unidos, afirmou o Departamento em um comunicado.
Com a ajuda das autoridades americanas, a Procuradoria-geral da República mexicana dirigiu a operação, que correu a cargo da Força de Tarefas Conjunta Alfa.
Esta força “reúne os recursos de investigação e judiciais (…) para combater os traficantes de pessoas e melhorar a coordenação” transnacional, explica o secretário de Justiça adjunto Kenneth A. Polite Jr, da Divisão Penal do Departamento de Justiça, no comunicado.
As autoridades mexicanas detiveram seis pessoas, acusadas de coordenar o tráfico: Arturo Tienda-García, codinome Tuercas; José Guadalupe Tienda-García, codinome Pantera; Gilberto Escalante-Osuna, codinome Mochomo; Uriel Cruz-Tienda, codinome Quiqui; Cristal Tolentino-Hernández e Alfonso Sotelo-Contreras, codinome Pájaro.
O gabinete do procurador-geral para o distrito do Arizona e um grande júri federal processaram mais de dez pessoas por supostos vínculos com esta organização.
“A segurança fronteiriça consiste menos em erguer barreiras entre nações e mais em aumentar a cooperação entre vizinhos”, declarou o promotor federal para o distrito do Arizona, Gary Restaino, na nota. “É um exemplo estelar do que se pode conseguir quando as autoridades americanas e mexicanas trabalham juntas” dos dois lados da fronteira.
O agente especial Scott Brown, do Escritório de Investigações de Phoenix, agradeceu a colaboração do governo mexicano “porque se trata de não deixar que as fronteiras sejam barreiras” na hora de enfrentar as organizações criminosas transnacionais.
A Força de Tarefas Conjunta foi criada em junho de 2021 pelo secretário de Justiça e o procurador-geral Merrick B. Garland contra os grupos de tráfico de pessoas que operam em México, Guatemala, El Salvador e Honduras.
Ocupa-se de desmantelar as redes que exploram e põem em risco os migrantes, representam ameaças para a segurança nacional ou estão envolvidas no crime organizado.