27/05/2024 - 8:29
Um enorme deslizamento de terra em Papua Nova Guiné há três dias soterrou mais de 2 mil pessoas, , informou o governo nesta segunda-feira, 27. Equipes de resgate seguem no terreno traiçoeiro e enfrentam dificuldades no transporte de ajuda reduzindo as esperanças de encontrar sobreviventes.
Em uma carta à ONU (Organização das Nações Unidas), datada de domingo, o Centro Nacional de Desastres forneceu o novo número. Uma outra agência da ONU calculou o possível número de mortos em mais de 670 pessoas.
A variação reflete o local remoto e a dificuldade de obter uma estimativa precisa da população. O último censo confiável de Papua Nova Guiné foi em 2000 e muitas pessoas vivem em vilarejos isolados nas montanhas da nação insular do Pacífico.
O deslizamento de terra atingiu seis vilarejos no distrito de Maip-Mulitaka, no norte do país, por volta das 3h da manhã de sexta-feira, enquanto a maior parte da comunidade dormia. Mais de 150 casas foram enterradas sob escombros de quase dois andares de altura. Os socorristas disseram à mídia local que ouviram gritos vindos de baixo da terra.
“Tenho 18 membros da minha família soterrados sob os escombros e o solo em que estou pisando, e muitos outros membros da família no vilarejo que não consigo contar”, disse o morador Evit Kambu à Reuters. “Mas não posso recuperar os corpos, por isso estou aqui, sem poder fazer nada.”
Mais de 72 horas após o deslizamento de terra, os moradores ainda estão usando pás, paus e as próprias mãos para tentar deslocar os escombros e alcançar os sobreviventes. Apenas sete corpos foram encontrados até o momento.
Os moradores realizaram um funeral na segunda-feira para um dos corpos. Dezenas de pessoas em luto caminharam em uma procissão atrás do caixão, lamentando e chorando, de acordo com um vídeo filmado por um funcionário da ONU.