Cerca de 4.000 soldados desfilaram, nesta quinta-feira (7), na praça Vermelha, comemorando o desfile de 7 de novembro de 1941, quando tropas soviéticas passaram diante do Kremlin para, na sequência, seguirem para o front defender Moscou do Exército nazista.

Cadetes e soldados, a maioria vestida de uniforme e armas da época, desfilaram ao ritmo de uma banda militar que executou canções patrióticas. Cerca de 30 veículos usados durante o conflito, incluindo algumas unidades do famoso tanque T-34, também participaram da parada.

“Nosso dever é dar continuidade ao trabalho dos vencedores: construindo um grande país”, destacou o prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, durante seu discurso em homenagem ao “desfile lendário”.

“Os descendentes dos heróis de guerra passam hoje em frente ao Kremlin. Sabemos que o futuro da Rússia está em mãos sólidas”, afirmou o aliado político do presidente Vladimir Putin.

Após a invasão alemã, em 22 de junho de 1941, que tomou de surpresa o líder soviético Josef Stálin, que havia assinado em 1939 um pacto de “não agressão” com o “Führer” nazista Adolf Hitler, as tropas do Terceiro Reich chegaram, no início de novembro daquele mesmo ano, até uma distância de cerca de 30 quilômetros de Moscou.

Stálin ordenou então que 30.000 soldados soviéticos partissem diretamente para o front, saindo da praça Vermelha, após o desfile de 7 de novembro. Nele, celebrava-se a Revolução bolchevique de 1917.

O Exército Vermelho conseguiu repelir as forças nazistas durante o inverno (boreal) de 1941, para então ganhar a batalha-chave de Stalingrado (hoje Volgogrado) em 1942-1943. O episódio abriu caminho para a vitória definitiva da URSS e de seus aliados contra Hitler, em maio de 1945.