O Cruzeiro terá tarefa dificílima para manter o ótimo desempenho como visitante em competições de mata-mata nesta temporada. A equipe mineira inicia nesta quarta-feira, às 21h45, o confronto de quartas de final da Copa Libertadores diante do Boca Juniors, em plena Bombonera.

A meta cruzeirense é justamente seguir sendo um visitante dos mais indigestos. Afinal, o time venceu todas as quatro partidas que fez fora de casa nos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores nesta temporada. No torneio nacional, o Cruzeiro bateu Atlético-PR, na Arena da Baixada; Santos, na Vila Belmiro, e Palmeiras, no Allianz Parque. Já na competição continental, a equipe passou pelo Flamengo, no Maracanã.

Resta saber se o Cruzeiro será capaz de expandir para confrontos com rivais internacionais este sucesso contra os adversários brasileiros. Neste ano, a equipe fez duas partidas fora do Brasil e não venceu. Pela primeira fase da Libertadores, perdeu para o Racing por 4 a 2, em Avellaneda, e empatou com o Universidad de Chile por 0 a 0, em Santiago.

A seu favor, o Cruzeiro tem o retrospecto positivo diante do Boca Juniors. Ao longo da história, foram 14 confrontos entre os clubes, com seis vitórias mineiras, cinco derrotas e três empates. Na Argentina, porém, o time celeste levou a melhor apenas uma vez em seis partidas, na Libertadores de 1994, por 2 a 1.

Na última vez em que se enfrentaram, também pela Libertadores, o Boca levou a melhor. Nas oitavas de final do torneio em 2008, o time argentino venceu por 2 a 1 tanto na Bombonera quanto no Mineirão e eliminou os mineiros da competição.

O time argentino também confia em seu ótimo retrospecto como mandante para dificultar a vida cruzeirense. Afinal, a última derrota do Boca em casa aconteceu há cinco meses, para o Palmeiras, justamente pela Libertadores. De lá para cá, foram sete vitórias consecutivas, com 21 gols marcados e nenhum sofrido.

Se a tarefa não é das mais fáceis, o Cruzeiro ainda terá que lidar com a ausência daquele que vem sendo seu principal jogador há algum tempo. O meia Arrascaeta voltou a sentir dores na coxa esquerda e sequer viajou para Buenos Aires. A expectativa é poder utilizá-lo no duelo de volta, em 4 de outubro, no Mineirão.

Sem Arrascaeta, a tendência é que Rafinha assuma a titularidade. Por outro lado, o técnico Mano Menezes pode optar por uma formação mais defensiva, com três volantes. Neste caso, Lucas Romero, Ariel Cabral e Bruno Silva disputariam a vaga.

Pelo lado do Boca, o técnico Guillermo Barros Schelotto fez mistério no meio de campo, mas deve levar a equipe a campo com Nández como titular, sem Fernando Gago ou Edwin Cardona. Mesmo sem o ex-cruzeirense Ramón Ábila, suspenso, Carlitos Tevez seguirá no banco, com Zárate, Pavón e Benedetto compondo o trio de ataque.