A taxa de desocupação em 2022 foi de 9,3%. O resultado anual é o menor desde 2015, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.

O Brasil encerrou o quarto trimestre de 2022 com recuo da taxa de desemprego, consolidando uma tendência de recuperação do mercado do trabalho após o impacto da pandemia.

A pesquisa Pnad Contínua mostrou que a taxa de desemprego atingiu 7,9% nos três meses até dezembro, de 8,7% no terceiro trimestre e 8,1% no trimestre até novembro.

Segundo o IBGE, isso mostra que o mercado de trabalho não apenas confirmou a tendência de recuperação após o impacto da Covid-19, como ultrapassou o patamar pré-pandemia.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

“Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p.”, calcula. Apesar da reabilitação frente aos últimos anos, a taxa de desocupação ainda se encontra acima do menor nível da série, apresentado em 2014 (6,9%).

Ainda conforme o IBGE, o empego com carteira subiu 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas, consolidando a reversão da tendência iniciada em 2021. “Embora venha crescendo nos últimos dois anos, o índice ainda não é o suficiente para atingir o patamar de 2014, o maior da série”, lembra Beringuy. Em 2014, a estimativa média anual chegou a 37,6 milhões de empregados com carteira de trabalho no setor privado.

Já a média anual de empregados sem carteira assinada também aumentou de 2021 para 2022: 14,9%, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas, atingindo seu maior patamar da série histórica.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.808 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 8,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021.