Os números do desemprego no Brasil seguiram a tendência de queda e fecharam em 8,1% entre setembro e novembro do ano passado, o menor percentual desde abril de 2015, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (19).

Os dados publicados pelo IBGE registraram a sexta queda trimestral consecutiva da taxa de desemprego.

Entre setembro e novembro de 2022, cerca de 8,7 milhões de pessoas procuravam emprego no país, 3,7 milhões a menos do que em 2021, detalhou o IBGE em nota.

A queda foi de 0,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 3,5% em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando a desocupação bateu 11,6%.

Segundo dados do IBGE, neste trimestre móvel havia no Brasil 99,7 milhões de ocupados, a maior quantidade desde que começou a série histórica, em 2012.

“Embora o aumento da população ocupada venha ocorrendo em um ritmo menor do que o verificado nos trimestres anteriores, ele é significativo e contribui para a queda na desocupação”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, citada no comunicado do instituto.

A taxa de informalidade diminuiu sutilmente a 38,9% em comparação com o trimestre anterior: 38,8 milhões de brasileiros trabalham na informalidade.

A renda real dos brasileiros aumentou 3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior e 7,1% com o mesmo período do ano passado.

Gabriel Couto, economista do banco Santander Brasil, disse à AFP que o desemprego atual significa “uma dificuldade maior” para os empregadores encontrarem mão de obra, empurrando um “crescimento mais acelerado dos salários”.