ROMA, 7 MAI (ANSA) – A atenção do mundo inteiro está fortemente voltada para a eleição do sucessor do papa Francisco, tanto que, nas últimas duas semanas, a palavra conclave recebeu 34.827 menções somente nos meios de comunicação da Itália. Entre os papáveis, aqueles que são cotados para assumir a Igreja Católica, o mais citado é o secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin (9.141), seguido de longe pelo arcebispo de Bolonha, cardeal Matteo Zuppi (5.831), e pelo arcebispo de Manila, Luis Antonio Tagle (4.817).
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7), data de início do conclave, após monitoramento realizado pela Mediamonitor.it, plataforma que utiliza tecnologia e soluções desenvolvidas pela Cedat 85, empresa que atua há 40 anos no fornecimento de conteúdo a partir da fala.
O serviço tecnológico coletou citações relacionadas ao conclave no período entre 22 de abril, um dia após a morte do papa Francisco, e 5 de maio.
Analisando apenas os dados relativos às principais emissoras de televisão e rádio, a plataforma destaca que a palavra conclave foi pronunciada 5.373 vezes, aproximadamente uma a cada 20 segundos.
Também neste caso, nos degraus mais altos do pódio é possível encontrar os nomes de Parolin, citado 1.743 vezes, e Zuppi (1.007), mas Tagle, com 712 menções, cede o terceiro lugar ao Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa (848).
Entre os cardeais estrangeiros, além de Tagle, que pode se tornar o primeiro pontífice asiático da história, os mais mencionados no rádio e na TV são o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan (317), que nos últimos dias criticou Donald Trump por sua publicação vestido de papa; o arcebispo de Budapeste Peter Erd? (259), considerado por alguns como herdeiro de João Paulo II; e Jean Marc Aveline (164), arcebispo de Marselha e presidente da Conferência Episcopal da França que chegou às manchetes porque a bolsa com seus pertences pessoais, que havia sido roubada dele durante o funeral de Jorge Bergoglio, foi encontrada alguns dias depois perto da igreja da Madonna dei Monti, em Roma.
Fechando o top 5 de cardeais estrangeiros, com 135 citações, está o arcebispo de Kinshasa, Fridolin Ambongo Besungu, considerado “conservador” por criticar a abertura do ex-líder da Igreja Católica à comunidade LGBTQIA+. (ANSA).