A operação da polícia para combater milicianos em Itaboraí (RJ) seguiu na quinta-feira (4). A força-tarefa que levou à Operação Salvator descreveu a quadrilha como “brutal”. De acordo com o G1, há relatos de expulsões, mutilações e sumiços, que eles chamavam de “discos voadores”.

“Um chegou a tirar o coração de uma vítima, a cabeça”, afirmou Gabriel Poiava, delegado responsável pelo caso, ao G1.

A polícia ainda destacou a participação ativa de muitas mulheres na milícia. Dos 74 mandados de prisão expedidos para a Operação Salvator, pelo menos 10 tinham mulheres como alvos. A ação prendeu mais de 40 pessoas e apontou uma mudança no grupo comandado pelo miliciano Orlando Curicica. A presença de mulheres em cargos de chefia, segundo investigadores, era para não chamar a atenção das autoridades.

“As mulheres faziam a arrecadação dos valores. Elas faziam a função de ‘recolhedoras’ de dinheiro, faziam a busca das taxas de segurança, mas sempre escoltadas com homens armados. Para não chamar a atenção, eles utilizavam essas para realizar o ‘recolhe’ que eles cobravam”, disse Rômulo Santos Silva, promotor do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).