O técnico da França, Didier Deschamps, não considera que o Uruguai, adversário em amistoso nesta terça-feira, às 18 horas (de Brasília), no Stade de France, em Paris, vai encarar a partida com o sentimento de revanche em razão da eliminação dos uruguaios pelo franceses nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia.

Deschamps disse em coletiva nesta segunda-feira que o contexto atual é diferente em relação ao confronto eliminatório do Mundial que os franceses venceram por 2 a 0, e elogiou a seleção do Uruguai, especialmente a dupla de ataque formada por Edson Cavani e Luis Suárez.

“É uma equipe que não desiste de nada. Em comparação com as quartas de final da Copa do Mundo, não é uma vingança, é um outro jogo, outro contexto”, analisou o treinador. “Para eles também é o último jogo do ano, então eles querem ter um bom desempenho”, completou.

“Edinson Cavani é um jogador que muitos treinadores gostariam de ter em sua equipe, ele é eficiente, generoso, ele é um dos melhores atacantes do mundo, e com Luis Suárez, forma uma ótima dupla, que marcou mais de 100 gols pela seleção”, elogiou Deschamps.

Além da dupla de ataque, o sistema defensiva do Uruguai também foi enaltecido pelo goleiro Hugo Lloris, que avaliou que a equipe europeia alcançou um nível elevado de atuação para vencer o rival sul-americano nas quartas de final e, depois, conquistar o Mundial pela segunda vez em sua história.

“Tivemos uma partida exemplar, muito disciplinada, em bases muito sólidas, o Uruguai é um time muito grande, com um dos melhores pares ofensivos do mundo e uma perfeita organização defensiva. Repito, nós realmente conseguimos um bom desempenho”, declarou Lloris.

Deschamps culpou o desgaste físico e psicológico pelo revés por 2 a 0 para a Holanda na última sexta-feira, em duelo da primeira fase da Liga das Nações da Uefa. Com o resultado negativo, os franceses terão de torcer pela Alemanha diante da Holanda nesta segunda para avançar às semifinais do torneio.

“Sexta-feira erramos em muitos pontos, mas amanhã (terça-feira) temos a oportunidade de terminar o ano com uma boa nota. Não é uma desculpa, é uma explicação, há desgaste físico, mas também psicológico, fomos derrotados neste jogo contra um time muito bom da Holanda”, considerou o comandante.