Derrame ocular: entenda a condição que afetou o olho do rei Charles 3º

Oftalmologista explica que o derrame ocular é um sangramento benigno que causa vermelhidão intensa, mas não oferece riscos à saúde

Rei Charles (à esquerda) apareceu hoje com o olho direito visivelmente vermelho
Rei Charles (à esquerda) apareceu hoje com o olho direito visivelmente vermelho Foto: Imagem: Dylan Martinez/POOL /AFP

O rei Charles 3º chamou atenção ao aparecer com o olho direito bastante vermelho durante um encontro realizado hoje com o presidente da França, Emmanuel Macron. De acordo com uma fonte do Palácio de Buckingham, a vermelhidão é inofensiva e não representa riscos à saúde do monarca.

Segundo a Dra. Juliana Lasneux, oftalmologista do CBV – Hospital de Olhos, o derrame ocular, também chamado de hemorragia subconjuntival, acontece quando pequenos vasos sanguíneos da conjuntiva, a membrana transparente que cobre a parte branca do olho, se rompem, liberando sangue sob essa camada.

“Isso pode ocorrer por esforços físicos intensos, tosse forte, espirros ou pequenos traumas. Embora o aspecto vermelho vivo cause preocupação, o derrame não provoca dor, não prejudica a visão e, na maioria dos casos, desaparece sozinho em até duas semanas”, diz a especialista à IstoÉ Gente.

Juliana Lasneux ainda reforça que é fundamental observar outros sintomas, como dor, sensibilidade à luz, alterações na visão ou secreção ocular. “Caso algum desses sinais apareça, é importante buscar avaliação com um especialista para descartar problemas mais graves. Além disso, se os derrames forem frequentes ou ocorrerem em ambos os olhos, é recomendada uma consulta médica para investigar possíveis causas subjacentes, como pressão alta ou distúrbios de coagulação.”

Portanto, a vermelhidão no olho do rei Charles 3º é um derrame ocular comum, benigno e temporário, conforme informado pelo Palácio de Buckingham, sem riscos para sua saúde, mas sempre com atenção caso surjam outros sintomas.

Referências Bibliográficas

Dra. Juliana Lasneaux Ribeiro
Médica oftalmologista do CBV – Hospital de Olhos, formada pela Universidade de Brasília (UnB), com título de especialista reconhecido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Possui especialização em Cirurgia Plástica Ocular pelo Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal de Goiás (CEROF/UFG) e é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular.