Deputados venezuelanos denunciam na ONU “tortura” contra opositores presos

Deputados venezuelanos denunciam na ONU "tortura" contra opositores presos

Deputados opositores venezuelanos denunciaram nas Nações Unidas que dois ativistas do partido Primero Justicia que foram detidos na sexta-feira, acusados pelo governo de organizar atos terroristas, foram torturados.

“Os torturaram física e psicologicamente. A Alejandro (Sánchez) ficou suspenso pelo braço por 48 horas, jogaram gasolina em sua jaqueta. Sua mãe passou por uma quimioterapia e lhe disseram que ela estava doente e que poderia deixar de ter sorte a qualquer momento. Lhe disseram detalhes do dia a dia de sua namorada”, relatou a jornalistas neste domingo o parlamentar Tomás Guanipa.

O legislador garantiu que os jovens foram ameaçados de morte caso não denunciassem deputados do Primero Justicia de “cometer atos falsos”.

Os irmãos José e Alejandro Sánchez foram presos em Caracas em meio a protestos que acontecem há duas semanas contra o governo de Nicolás Maduro.

As manifestações têm resultado em violentos confrontos com a força de segurança pública, deixando 5 mortos e 117 detidos, segundo o governo.

O deputado Juan Miguel Matheus assegurou que a liberdade pessoas dos dois foi violada, pois eles foram detidos sem ordem de prisão e não estavam cometendo nenhum delito.

“Denunciamos seu desaparecimento forçado ao Ministério Público e denunciamos os tratamentos cruéis e desumanos ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)”, afirmou.

O ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, afirmou que os dois jovens “organizavam atos terroristas e atentados contra a paz do país”.