Deputados federais receberam ligações com ameaças em seus gabinetes na noite de terça-feira (10), pouco antes da votação da PEC do voto impresso, rejeitada no plenário da Câmara. As informações são do colunista Gerson Camarotti, do portal G1.

Segundo o colunista, deputados alvos da tentativa de intimidação disseram que as ameaças partiram, supostamente, de militantes bolsonaristas e foram dirigidas aos parlamentares que se posicionaram contra a PEC.

Entre os ameaçados, de acordo com Camarotti, está o deputado Danilo Forte (PSDB-CE), que disse que uma assessora de seu gabinete atendeu a telefonemas de pessoas que não se identificaram. “Houve todo tipo de intimidação. O gabinete recebeu ligações com ameaças”, disse o parlamentar.

Em participação no jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, nesta quarta-feira (11), o colunista disse que até mesmo pastores foram usados pelo governo Jair Bolsonaro para tentar convencer deputados a mudarem seu voto a respeito da PEC, a pedido do Palácio do Planalto.

Além disso, governistas também usaram as redes sociais e até mesmo mensagens de WhatsApp em números particulares dos parlamentares para tentar convencê-los a votar a favor da PEC do voto impresso.

A rejeição e o arquivamento da PEC foi uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que insiste sem apresentar provas que a urna eletrônica é sujeita a fraude, ainda que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nunca tenha registrado um caso desse tipo, e do Tribunal de Contas da União ter apresentado um relatório técnico atestando que o voto eletrônico é “seguro e auditável”.