Deputados do Camboja aprovaram nesta segunda-feira (25) uma lei que permite retirar a cidadania de pessoas que colaboram com países estrangeiros, uma iniciativa que, segundo grupos de defesa dos direitos civis, poderia ser utilizada para perseguir dissidentes.
Os 120 legisladores presentes na sessão da Assembleia Nacional, incluindo o primeiro-ministro Hun Manet, votaram de maneira unânime a favor da lei.
Defensores dos direitos civis acusaram o governo cambojano de usar leis draconianas para intimidar a oposição e suprimir o debate político legítimo.
Uma coalizão de 50 ONGs alertou no domingo em um comunicado que a lei “terá um efeito devastador na liberdade de expressão de todos os cambojanos”.
“O potencial de abuso na aplicação desta lei redigida de maneira vaga para atacar pessoas por sua etnia, opiniões políticas, discurso e ativismo é simplesmente elevado demais para aceitar”, acrescenta a nota.
A iniciativa ainda deverá ser votada na Câmara Alta do Parlamento antes de ser ratificada pelo chefe de Estado.
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