Deputados bolsonaristas que participam da manifestação na Avenida Paulista neste domingo, 6, não ficaram contentes ao serem alocados para um carro de som secundário. À IstoÉ, parlamentares afirmaram que a escolha foi seletiva e “sem sentido”.
O incomodo maior foi com a subida de vereadores de São Paulo, prefeitos e deputados selecionados no carro principal, ao lado de Bolsonaro. Outros deputados foram alocados em um carro de som ao lado, onde estavam fotógrafos e cinegrafistas.
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Antes, a organização do evento tinha divulgado que apenas senadores e governadores subiram com o ex-presidente. O cenário foi bem diferente no decorrer do evento.
No carro principal, marcaram presença os deputados André Fernandes (PL-CE), Nikolas Ferreira (PL-MG), Caroline de Toni (PL-SC), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o vice-presidente da Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ).
Ainda no veículo estavam o vereador paulistano Lucas Pavanatto (PL) e os deputados estaduais Tome Abduch (Republicanos) e Paulo Mansur (PL).
Um deputado federal disse, reservadamente, que houve uma seleção do que ele chama de “patota do Sóstenes”, em referência aos aliados do líder do PL na Câmara e principal articulador do PL da Anistia.
Outro afirmou não entender a seletividade, já que a preferência deveria ser de deputados federais, já que o texto está na Câmara dos Deputados.
A mais incomodada foi a deputada federal Bia Kicis (PL-DF). A IstoÉ flagrou a decepção da parlamentar durante conversas com aliados. Na última manifestação, em setembro do ano passado, Bia chegou a discursar no carro principal.
Ela foi questionada pela IstoÉ sobre a decepção. Ela chegou a mostrar a mensagem para a vereadora Zoe Martinez (PL), que estava ao lado dela. Pessoalmente, minimizou a situação e disse haver um “revezamento” de pessoas no carro.