A deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha, do PSD, foi alvo da Operação Batismo, deflagrada pela PF (Polícia Federal) no dia 18 de dezembro de 2023, sob suspeita de ligação com a milícia do Rio de Janeiro. Isso fez com que ela fosse afastada do cargo por tempo indeterminado após decisão do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Os integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) decidirão nesta quarta-feira, 7, se mantém ou derrubam a determinação do órgão.

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De acordo com o g1, a tendência é que os deputados derrubem a decisão do desembargador Benedicto Abicair, pois entendem que, para manter o afastamento, Lucinha deveria ser denunciada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), algo que não aconteceu.

Porém, para não criar um mal-estar com o Tribunal de Justiça, uma das alternativas é sugerir que Lucinha seja investigada pelo Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.

Investigações contra a deputada

De acordo com o MPRJ, no decorrer das investigações da PF, levantou-se a suspeita de que a deputada estadual e uma assessora teriam ligação com a milícia liderada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais poderosas e violentas do estado.

Além disso, a corporação teria encontrado indícios da prática de “rachadinha” (quando o parlamentar fica com parte do salário dos funcionários) no gabinete da deputada Lucinha.

Ao analisar as informações de contabilidade e dinheiro, a PF observou que pelo menos 11 funcionários da parlamentar estariam recebendo salários menores do que o que demonstram seus contra-cheques da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Entre os valores identificados para cada funcionário, alguns contavam com desvio de até 60% do valor total.