Os deputados federais do PSOL Erika Hilton (SP), Luciene Cavalcante (SP) e o Pastor Henrique Vieira (RJ) acionaram o MPF (Ministério Público Federal) na segunda-feira, 16, solicitando uma investigação contra a igreja evangélica Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, por uma suposta “cura gay” após a morte da influenciadora Karol Eller.

+ Morre aos 36 anos influenciadora bolsonarista que esteve nos atos e transmitiu o 8 de Janeiro

Como aconteceu:

  • Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), Erika Hilton confirmou o acionamento e disse que “há suspeita de que Karol Eller foi vítima de uma tentativa de ‘cura gay’ no retiro ‘Maanaim’, realizado pela Assembleia de Deus de Rio Verde. A prática, sem nenhum respaldo científico, já é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia”;
  • “Por isso, pedimos que a Assembleia seja investigada por homotransfobia, tortura e incitação ao suicídio, em Rio Verde e também nas outras localidades em que esse retiro é realizado”, completou;
  • A influenciadora Karol Eller, de 36 anos, morreu na noite do dia 12 de outubro, em São Paulo. Ela era próxima da família Bolsonaro e trabalhava no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL);
  • Ela esteve presente em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. Na ocasião, Karol Eller fez transmissão ao vivo dos atos golpistas. Mesmo assim, a influenciadora negava qualquer envolvimento ou apoio às ações de vandalismo;
  • A morte da influenciadora foi registrada como suicídio no 27° Distrito Policial, em Campo Belo, na zona sul de São Paulo.