O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) acionou, na sexta-feira (11), o Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, por ele ter publicado ataques direcionados ao congolês Moïse Kabagambe em sua conta no Twitter e o chamado de “vagabundo”. As informações são do UOL.

Em sua publicação, Sérgio Camargo afirmou: “Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”.

Em seguida, a postagem do presidente da Fundação Palmares provocou revolta em diversos internautas e a hashtag “Fora Camargo” foi bastante utilizada.

“Alguém tem o contato da família (de Moïse)? Alguém? Me disponho a fazer o processo sem cobrar nenhum centavo da família”, disse um internauta que se apresentou como advogado.

“Sérgio Camargo, xingar uma pessoa honesta e trabalhadora que foi brutalmente assassinada ao exigir os seus direitos revela muito mais sobre você que ele. Aliás, o único vagabundo que se envolve com mais vagabundos nessa história não é Moïse. Eu garanto!”, disse o internauta Guilherme Ferreira Lima.

Reprodução/Twitter @guilhermefelima

Ação no MPF

Em documento enviado ao MPF, Marcelo Freixo afirmou que Moïse “não era vagabundo, indigno ou selvagem, muito menos andava ou negociava com pessoas que não prestam. Sérgio Camargo praticou uma verdadeira imputação de fatos desonrosos, além de aviltar (denegrir) a dignidade de pessoa morta”.

O deputado federal finalizou a ação solicitando que medidas cabíveis sejam aplicadas após a análise do caso.