O deputado Carlos Jordy (PL/RJ) está entre os alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, aberta pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 18, no rastro de “pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano 2023 no interior do Rio de Janeiro”.

Agentes cumprem, ao todo, dez ordens de busca e apreensão expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As diligências são realizadas em no Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2). Jordy teve o gabinete e a casa vasculhados pelos investigadores.

Nas redes sociais, o parlamentar classificou as buscas por ele sofridas como “medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.

As buscas contra o deputado teriam sido motivadas por mensagens interceptadas trocadas com um grupo de golpistas no Rio, diz o G1. A ofensiva aberta nesta manhã também mira radicais que acamparam em frente à 2ª Companhia de Infantaria, em Campos dos Goytacazes, após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sair derrotado das eleições 2022.

Segundo a PF, os fatos investigados na 24ª etapa da Lesa Pátria constituem, em tese, supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

Investigação permanente da PF sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, a Operação Lesa Pátria prendeu, desde sua primeira fase, 97 suspeitos que não haviam sido capturados em meio aos 1.393 presos em flagrante na Praça dos Três Poderes. Além disso, confiscou R$ 25 milhões de investigados pela intentona golpista.