 "Deputadas estaduais de São Paulo são ameaçadas de morte e estupro em e-mail coletivo")
Todas as 25 deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) receberam um e-mail com ameaças de morte e violência sexual durante o último sábado, 31. A mensagem coletiva ainda citava nomes específicos e continha elementos misóginos, racistas e capacitistas.
O caso foi levado à Polícia Civil e relatado ao presidente do órgão, André do Prado (PL). O líder da Assembleia expressou sua solidariedade em nota, além de garantir a realização de uma averiguação sobre o crime.
“Nenhuma agressão pode ser tolerada. Por determinação da presidência, as Polícias Civil e Militar foram acionadas e investigam o caso”, declarou.
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As mulheres da Alesp também divulgaram uma nota coletiva para denunciar o ocorrido – que classificaram como uma “expressão de ódio e de violência” com a intenção de “silenciar mulheres”. É a primeira vez que ataques são direcionados a todas as parlamentares femininas da Casa, independente do espectro político.
“Trata-se de uma nítida tentativa de silenciar mulheres em um ataque misógino, racista e capacitista em uma situação que, embora nos cause choque, infelizmente, é mais uma expressão de ódio e de violência a mulheres que buscam ocupar espaços de poder na política de nosso país”, escreveram as deputadas.
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Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um suspeito já é investigado e pode responder por ameaça, injúria racial e falsa identidade.
“Intimidações desse tipo não podem ser aceitas sob o regime democrático em que vivemos, mas elas mostram o quão urgente também se faz a adoção de políticas públicas de enfrentamento à violência política de gênero”, finaliza a nota coletiva.