Deputadas de nove partidos entraram com um pedido de representação contra o senador Plínio Valério (PSDB-AM) no Conselho de Ética do Senado após as falas do parlamentar contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O pedido foi protocolado nesta quinta-feira, 20, e não tem data para ser apreciado.
O pedido foi articulado pelo deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE), único representante do partido de Marina na Câmara. Além dele, assinam o documento nove deputadas federais de diferentes partidos:
— Benedita da Silva (PT-RJ);
— Duda Salabert (PDT-MG);
— Enfermeira Ana Paula (Podemos- CE);
— Gisela Simona (União Brasil -MT);
— Jandira Feghali (PC do B – RJ);
— Laura Carneiro (PSD-RJ);
— Maria Arraes (Solidariedade – PE);
— Tabata Amaral (PSB-SP); e
— Talíria Petroni (Psol – RJ).
O pedido tem como pano de fundo as declarações dadas por Valério durante um evento da Fecomércio no Amazonas, na semana passada, quando disse ter tido vontade de “enforcar” a ministra Marina Silva. A declaração tem referência a um depoimento dado pela ministra à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs.
“Imagina vocês o que é ficar com a Marina 6 horas e 10 minutos sem ter vontade de enforcá-la?”, disse, na ocasião.
A fala repercutiu negativamente nos corredores do Congresso Nacional. A senadora Leila Barros (PDT-DF) fez críticas às declarações durante a sessão do Senado na última quarta-feira, 19. Além dela, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cobrou uma retratação pública de Valério.
Em resposta, o senador afirmou que não falaria a frase novamente, mas que não se arrepende do que disse. Ele também criticou a cobrança de Alcolumbre ao dizer que “pegou mal”.