A deputada do partido governista Morena, María Clemente García, propôs nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados do México que Lionel Messi seja declarado “persona non grata” no México após jogo da Copa do Mundo.

A justificativa de García, integrante do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), partido do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, se baseia no vídeo que vazou nas redes sociais no qual Messi coloca uma camisa da seleção mexicana no chão do vestiário após a vitória da Argentina sobre o México na fase de grupos da Copa do Mundo do Qatar.


Este vídeo causou polêmica entre os torcedores e a imprensa porque o jogador do PSG pisa acidentalmente na camisa mexicana, algo que levou até o boxeador mexicano Saúl ‘Canelo’ Álvarez a ameaçar bater em Messi. Pouco depois, no entanto, o campeão dos supermédios voltou atrás e pediu desculpas ao argentino.

– (Messi) demonstrou não só um evidente desprezo, como também uma falta de respeito para com as cores que aludem ao que compõe o nosso lábaro pátrio, o que do ponto de vista soberano pode ser considerado uma conduta que constitui uma afronta à nossa identidade nacional – afirma a justificativa da legisladora.

María Clemente García é uma das duas primeiras deputadas trans na Câmara dos Deputados do México, juntamente com sua colega Salma Luévano.

Até o momento, nem a Secretaria de Relações Exteriores e nem o chanceler mexicano Marcelo Ebrard se pronunciaram sobre o assunto.

Ebrard é um dos principais promotores da candidatura mexicana aos Jogos Olímpicos de 2036 ou 2040. Além disso, o chanceler é um dos candidatos à sucessão de López Obrador ao final de seu mandato de seis anos em 2024, o que o tornaria o presidente quando o México sediar a Copa do Mundo de 2026, que será organizada em conjunto com Estados Unidos e Canadá.

O México foi eliminado na fase de grupos da Copa do Qatar, após empatar com a Polônia, perder para a Argentina e derrotar a Arábia Saudita.