A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) anunciou por meio das suas redes sociais que se licenciou do cargo por tempo indeterminado em razão do assassinato do irmão, o médico ortopedista Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, no dia 5 de outubro em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

+ Irmão da deputada Sâmia Bomfim e colegas: saiba quem são os médicos mortos a tiros no RJ

O que aconteceu:

  • No comunicado, a parlamentar agradeceu a solidariedade para com ela e seus familiares. Além disso, Sâmia pontuou que as atividades nas redes sociais serão retomadas de forma gradativa, para “apoiar e dar visibilidade às lutas e demandas sociais com as quais o mandato é comprometido”;
  • Mesmo com a licença, o mandato de Sâmia em Brasília e São Paulo continuará atuando e construindo “as lutas por justiça social e em defesa dos direitos do povo”. Além disso, a parlamentar ressalta que seguirá, “incessantemente, na batalha por Justiça por Diego, Marcos e Perseu. Com isso, também fortalecemos a luta por um modelo de sociedade em que o combate ao crime seja feito com inteligência e efetividade e no qual a segurança pública, assim como todas as áreas sociais, seja valorizada e garantida, respeitando os direitos de todas e todos”;
  • Por se tratar de uma dispensa médica, não há previsão de que um suplente assuma o mandato no lugar de Sâmia.

Relembre o caso:

  • Diego Bomfim atuava como médico ortopedista e estava no Rio de Janeiro com os colegas de profissão para o 6° Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo;
  • Os médicos estavam hospedados no Hotel Windsor, localizado na avenida Lúcio Costa. Durante a madrugada do dia 5, Diego Bomfim, Marcos de Andrade Corsato, Daniel Sonnewend Proença e Perseu Ribeiro foram alvejados por homens que saíram de um carro branco. Depois, os criminosos fugiram do local sem levar nada das vítimas;
  • Por esse motivo, acredita-se que Perseu tenha sido confundido com o miliciano Taillon Barbosa. O único sobrevivente do ataque foi o médico Daniel Sonnewend, que segue internado em um hospital particular de São Paulo para reabilitação;
  • Em menos de 24 horas após o crime, a polícia encontrou os corpos dos quatro suspeitos de participarem dos assassinatos.