Depressão de Marcola se agravou após suspensão de visitas, diz família

Depressão de Marcola se agravou após suspensão de visitas, diz família

Apontado como chefe de uma das maiores facções criminosas do País, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, estaria com o quadro de saúde mental agravado desde que foram proibidas visitas no sistema penitenciário federal, em 19 de março deste ano. A medida foi adotada para combater o avanço do novo coronavírus. As informações são do Uol.

De acordo com a família, Marcola entrou em depressão desde que as visitas foram suspensas. O presidiário faz uso do medicamento ansiolítico clonazepam, de uso controlado e identificado por tarja preta.

Segundo o Uol, em abril, a esposa dele enviou um e-mail ao Depen afirmando que ele “teria perdido a razão de viver” e poderia cometer suicídio. A família dele reivindica a realização de visitas virtuais para ter notícias do preso.

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Para o advogado criminalista Leonardo Pantaleão, que é também professor de direito e processo penal, a suspensão prolongada das visitas “pode agravar a condição psicológica, não é benéfica e contraria o objetivo final da detenção que é o processo de ressocialização do apenado”.

Pantaleão também disse ao Uol que é “obrigação do Estado providenciar de algum modo que o preso tenha contato visual com sua família, nem que seja por meio de visitas virtuais”.