O Ministério da Saúde estuda estratégias para trazer da China equipamentos médicos para serem usados na prevenção e no tratamento da Covid-19 no Brasil. Uma da alternativas é enviar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar os insumos. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

As outras opções estudadas pela pasta são usar linhas comerciais regulares, o que, segundo o ministério, “tem se mostrado difícil devido à diminuição dos voos”, e a “contratação de aviões cargueiros”.

“O Ministério da Saúde está realizando, de forma centralizada, compras de equipamentos de proteção para os profissionais que atuam no setor de saúde e reforçando o apoio aos estados e municípios no enfrentamento da Covid-19”, informou a pasta.

“Com a retomada da produção na China, a expectativa é a normalização futura da oferta dos equipamentos, a adequação dos preços e a retomada da compra descentralizada. Para a retirada desses produtos adquiridos pela pasta estão sendo analisadas três estratégias: a utilização de voos comerciais regulares que têm se mostrado difícil devido à diminuição de voos, a contratação de aviões cargueiros e o envio de aeronaves da FAB.”

A notícia de que os Estados Unidos vão enviar 23 aviões para buscar toneladas de equipamentos e produtos hospitalares da China acendeu a luz amarela em especialistas brasileiros que tentam comprar insumos de empresas do país asiático.

De acordo com o jornal The New York Time, o primeiro avião enviado pelos EUA à China trouxe 80 toneladas de mercadorias, como 10 milhões de luvas, 1,8 milhão de máscaras, aventais e “milhares de termômetros”.

Segundo o médico Carlos Morel, ex-presidente da Fiocruz a notícia mostra que o Brasil pode “ter sérios problemas de abastecimento”. “O capitalismo selvagem vai se impor. Cada país vai querer se proteger”, disse o médico à Folha.