As eleições equatorianas estão previstas para o dia 7 de fevereiro. No momento há quatro candidaturas com chances de vitória. O afilhado político do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), é o economista Andrés Arauz. Ele lidera as pesquisas com 36,5% das intenções de voto, segundo O Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (CELAG). Arauz tem perfil político diferente de Correa, trata-se de personalidade dada ao diálogo, conciliatória.

Durante a campanha, que termina na quinta, 4, prometeu unificar o país e combater a pandemia do novo coronavírus. O Equador foi gravemente atingido pela Covid-19, as noticias que correram o mundo, deram conta de que as pessoas morreram em casa e nas ruas.

O atual presidente Lenín Moreno se mostrou incompetente para adequar o sistema nacional de saúde e mais de 14 mil pessoas morreram. O segundo colocado no pleito, Yaku Pérez é o representante indígena da nação andina. Seu programa prevê alcançar maior espaço político para sua etnia.

Tecnicamente empatado com Pérez, com 20% das intenções de voto, está o empresário Álvaro Noboa um dos principais exportadores de alimentos do país, principalmente bananas, o carro-chefe do comércio exterior.

O quarto colocado, o banqueiro Guillermo Lasso, um experiente político, está com 13,6%. Lasso foi superministro da Economia em 1999 no governo de Jamil Muhuad. Nessa época, suas principais medidas foram o congelamento da poupança o que gerou uma crise sem precedentes e o aumento de imposto que na época estavam na casa dos 10% ao ano, subiram acima dos 15%.

O nome do candidato está ligado a diversas empresas offshore, em paraísos fiscais. O império financeiro de Lasso enriqueceu da noite para o dia de forma inexplicável.

A economia equatoriana é fortemente dolarizada e Guillermo Lasso é o candidato que tem lassos profundos com a estrutura financeira dos EUA e quer promover esses interesses no Equador.

Para Andre Kaysel, professor do departamento de ciências políticas da Unicamp, se Lasso for eleito o nível de dependência do país vai aumentar “Lasso está mais preocupado com a saúde financeira de seu grupo, que com a saúde do Equador”, afirma.

O entendimento geral da população é de que o país precisa combater a pandemia e modernizar sua economia. Agora, as cartas foram lançadas, na segunda, 8 vamos saber qual será o destino do Equador nos próximos 4 anos.