Jair Bolsonaro e Lula têm mais semelhanças que diferenças: populistas, demagogos, mentirosos, autoritários, filhos que enriqueceram depois que os “papis” tornaram-se figurões da política, processos e condenações judiciais às pencas (ainda que algumas tenham sido amigavelmente anuladas). Praticamente almas gêmeas, eu diria.

O patriarca do clã das rachadinhas e das transações imobiliárias milionárias – sempre maravilhosamente bem-sucedidas -, envolvendo muito “dinheiro vivo”, fruto, segundo um sortudo bolsokid, de espetaculares vendas de panetones de chocolate (inclusive fora de época), sempre se vangloriou da forma física e extrema virilidade.

Surgiram, daí, os autoelogios imorrível e imbrochável. Afinal, um bravo capitão que não morreu após uma facada, jamais morreria por uma “gripezinha qualquer”. É uma pena que centenas de milhares de brasileiros não puderam dizer o mesmo. Já Dona Michelle Bolsonaro, diante de uma enorme multidão, ouviu o coro: “imbrochável, imbrochável”.

Já o termo “incomível” surgiu depois. Um colunista meio maluco, incomodado com a frequência com que o maníaco da cloroquina atacava os homossexuais, escreveu: “Bolsonaro deve ser gay”. Quem nunca ouviu falar em “projeção” (Freud explica) pesquise e entenderá a ironia do autor da coluna, coincidentemente, o mesmo desta.

O presidente “quinta série”, então, na falta de algo mais importante para fazer, como administrar o País, por exemplo, decidiu responder à provocação infantil desde escriba: “Não adianta me cantar; sou incomível’. Na boa, não sei como o Brasil sobrevive a isso e a estoquistas de vento, se é que se lembram de Dilma Rousseff.

Luiz Inácio Lula da Silva, a quem carinhosamente me refiro como ex-tudo (ex-réu, ex-condenado, ex-presidiário), é outro que sempre jactou-se da forma física – e com justiça, aliás. Também sempre se vangloriou da própria “força de trabalho” – igualmente justo. Uma pena que quantidade não signifique qualidade, não é mesmo?

Estava faltando, portanto, a medalha de ouro sexual. Nesta sexta-feira (5), o Pai do Ronaldinho dos Negócios finalmente empatou o jogo com Bolsonaro, e agora é, também, um garanhão insaciável: “Quando digo que tenho energia de 30 [anos] e tesão de 20, eu estou falando com conhecimento de causa”. Aêêêê, presida!!

E continuou: “Quem acha que o Lulinha está cansado pergunta pra Janja. Ela é testemunha ocular”. Ai, ai… Nem parece o mesmo senhor que confundiu uma garrafinha de água mineral com um microfone, um pouco mais cedo. É mais um que, na falta do que fazer e dizer, apela para o “populacho”. Lula coelho? Bem, Freud explica (outra vez).