O Departamento do Trabalho dos EUA revisou levemente para baixo os números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em dezembro. Amplamente aguardada pelo mercado, a revisão praticamente não altera a perspectiva sobre a inflação ou juros, na visão de analistas.
Segundo os dados divulgados, o índice cheio do CPI aumentou 3,3% em dezembro na comparação anual, pouco abaixo dos 3,4% estimados anteriormente. O número ainda representa uma aceleração em relação ao avanço de 3,1% em novembro. Na comparação mensal, o CPI avançou 0,2% em dezembro (de 0,3% anteriormente) e permaneceu estável em relação ao mês anterior.
Já as estimativas do núcleo do CPI – que exclui itens voláteis como alimentos e energia – em dezembro foram mantidas em alta de 0,3% ante o mês anterior e avanço de 3,9% na taxa anual.
Em nota, o CIBC Economics aponta que a “revisão amplamente aguardada” não demonstrou nenhuma mudança real e confirma o progresso da desinflação. O BMO também compartilha essa visão e comenta que o dados abrem espaço para cortes de juros nos próximos meses. “Se não em março, então será em maio ou junho”, prevê o banco.
“Não há nada a ver aqui. A atenção agora se volta para a divulgação dos dados de janeiro de 2024, prevista para a próxima semana. Esperamos um aumento de 0,2% na taxa mensal do núcleo do CPI”, conclui a Capital Economics, em relatório.