WASHINGTON, 11 AGO (ANSA) – O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Merrick Garland, confirmou nesta quinta-feira (11) que uma ação do FBI e do Departamento foi realizada na casa do ex-presidente Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, no último dia 8.   

“Eu pessoalmente aprovei a busca na residência do ex-presidente”, acrescentou dizendo que a decisão sobre esse tipo de ação “nunca é fácil”, mas que foi realizada por conta de indícios de que um crime federal foi cometido.   

Garland ainda defendeu “os agentes e funcionários do Departamento de Justiça e do FBI” e afirmou que eles estão “sendo atacados injustamente”. “Eles são patriotas que se sacrificam pelo bem do país e estou honrado em trabalhar ao lado deles”, acrescentou.   

Pronunciamentos do tipo são raríssimos, mas o secretário afirmou que decidiu vir a público por conta do grande interesse nacional sobre o caso. No entanto, ele não deu detalhes do que é investigado ou do que foi apreendido na residência.   

A operação no dia 8 foi anunciada pelo próprio Trump por meio de suas redes sociais, dizendo que os agentes recolheram caixas e “entraram até no meu cofre”. Para o republicano, essa operação é um “ataque político” a sua possível candidatura para ser presidente novamente.   

Desde então, políticos republicanos acusaram o presidente Joe Biden de estar por trás da ação, mas a Casa Branca negou a informação e ressaltou que o Departamento de Justiça atua de “maneira independente” e que ninguém sabia da operação até Trump informar.   

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Conforme a mídia norte-americana, a ação foi realizada para buscar cerca de 15 caixas de documentos que não teriam sido entregues por Trump ao arquivo nacional, o que configuraria um crime federal. Segundo denúncias de ex-aliados, o republicano tinham o hábito de jogar fora documentos oficiais do governo e, em alguns casos, rasgava os papéis e os jogava pelo vaso sanitário. (ANSA).   


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