Departamento de Educação dos EUA vai demitir quase metade dos funcionários

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Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu desmantelar o departamento e transferir suas competências para os estado Foto: Mandel NGAN / AFP

O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (11) que vai demitir quase metade da sua equipe, em meio a um corte em massa do número de funcionários federais.

“Hoje, o departamento começou um programa de redução de pessoal que afeta quase 50% de seu quadro”, informou a pasta em comunicado, que acrescenta que os trabalhadores afetados serão colocados em licença administrativa a partir do próximo dia 21.

As demissões “refletem o compromisso do Departamento de Educação com a eficiência, a prestação de contas e a garantia de que os recursos serão destinados” aos estudantes, pais e professores, disse a secretária Linda McMahon, citada na nota.

Mais tarde, a secretária declarou à emissora Fox News que a decisão de reduzir seu pessoal – apenas cinco dias depois de ter começado a trabalhar – era um passo para cumprir a ordem que o presidente Donald Trump lhe deu no mês passado.

“Sua diretriz para mim, claramente, é fechar o Departamento de Educação, e sabemos que teremos que trabalhar com o Congresso para conseguir isso”, disse McMahon, ex-diretora-executiva da World Wrestling Entertainment (WWE), uma promotora de luta-livre profissional.

“Mas o que fizemos hoje foi dar o primeiro passo para eliminar o que acredito que é um inchaço burocrático”, concluiu.

Os funcionários do departamento, que administra os empréstimos estudantis, supervisiona as conquistas entre os alunos e zela pelo cumprimento dos direitos civis, foram impedidos de entrar em seus escritórios nesta terça-feira.

Na semana passada, a imprensa americana antecipou que o presidente Donald Trump, que nunca escondeu o seu desejo de acabar com o Departamento de Educação, estava disposto a desmantelar a pasta.

Os veículos, encabeçados pelo Wall Street Journal, se basearam em um projeto de decreto que ordenava a McMahon que desmantelasse o seu departamento.

Segundo o rascunho do texto, a secretária vai se encarregar de “tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação”.

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu desmantelar o departamento e transferir suas competências para os estados, que já têm a maioria das competências nesse âmbito.

Criado em 1979, sob a presidência do democrata Jimmy Carter, o departamento não pode ser totalmente desmantelado sem a aprovação de um projeto de lei que exige 60 votos no Senado, onde os republicanos têm atualmente 53 cadeiras.