Denunciado por atos homofóbicos por parte de seus torcedores, o Paysandu foi absolvido dessa acusação pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube paraense, contudo, foi multado em R$ 7,5 mil devido a desordens no Estádio da Curuzu ao final da partida contra a Luverdense, válida pela 11ª rodada da Série B. A decisão é da 3ª Comissão da Disciplinar e cabe recurso.

A denúncia contra o Paysandu fora baseada em confusão registrada logo após a partida disputada em 30 de junho, quando torcedores do clube paraense entraram em confronto. O motivo: um grupo quis tirar satisfação com membros da organizada Alma Celeste, que faz campanha contra a homofobia.

O tumulto rendeu duas denúncias ao Paysandu – que no dia seguinte à partida havia divulgado nota repudiando a confusão. O clube foi enquadrado pela procuradoria do STJD por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordem, cuja pena poderia chegar a 10 perdas de mando de campo e multa de até R$ 100 mil.

O motivo da briga também foi levado em conta, transformando-se no primeiro caso de julgamento de clube no futebol brasileiro por homofobia. O Paysandu foi denunciado por infringir o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Os termos da denúncia enquadravam o clube paraense em punições que variavam de multa, perda de pontos e até mesmo exclusão de campeonato.

No julgamento desta quarta-feira, os auditores do STJD decidiram absolver o Paysandu da acusação de atos homofóbicos, mas multar o clube em R$ 7,5 mil devido à desordem. O valor será revertido em cestas básicas para a Apae de Belém.

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