Democratas mantêm pressão sobre Trump por caso Epstein

Os democratas mantiveram, nesta quarta-feira (30), a pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar forçar a publicação de arquivos da investigação sobre o criminoso sexual Jeffrey Epstein, um caso que colocou o governo em apuros.

Nas últimas semanas, a oposição e parte dos conservadores têm exigido transparência da Casa Branca em relação a este financista, encontrado morto na prisão onde aguardava o julgamento por tráfico sexual.

Na terça-feira, Trump declarou que se distanciou de Epstein há décadas porque ele “roubou” funcionários do spa de seu resort em Mar-a-Lago.

No início de julho, o Departamento da Justiça irritou apoiadores do presidente ao afirmar que Epstein se suicidou e não tinha uma “lista de clientes”.

Parte do movimento MAGA (sigla em inglês para “Make America Great Again”) acusa o governo de tentar encobrir as elites ao se recusar a revelar os detalhes do caso.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, e os democratas da Comissão de Segurança Nacional e assuntos dos governo escreveram ao Departamento de Justiça pedindo o material. Para isso, invocam a “regra dos cinco”.

A medida, implantada há um século, mas raramente utilizada, exige que os departamentos estatais forneçam informações relevantes se cinco membros do principal painel de supervisão do Senado solicitarem.

Não está claro se poderia ser aplicada aos tribunais, mas mesmo que não possa, mantém a pressão sobre um tema que constrange Trump, além de dividir republicanos e antecipar o recesso da Câmara de Representantes.

Trump pediu a seus apoiadores que virem a página, mas os democratas no Congresso, com o apoio de alguns republicanos, tentam forçar uma votação no plenário para que as informações sejam divulgadas.

Os democratas da Comissão de Supervisão da Câmara, apoiados por alguns conservadores, aprovaram na semana passada uma citação para que o Departamento de Justiça entregue os documentos.

Os congressistas também querem interrogar a cúmplice de Epstein, Ghislaine Maxwell, que cumpre 20 anos de prisão. O advogado de Maxwell disse que ela o faria se fosse concedida imunidade por seu testemunho.

“A Comissão de Supervisão responderá em breve ao advogado de Maxwell, mas não considerará conceder imunidade”, declarou um porta-voz do painel.

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