A eleição de hoje, a mais importante de nossa história recente, nos deixa em uma encruzilhada. Teremos que optar entra a democracia e o autoritarismo. Depois de um desgoverno de Bolsonaro, que destruiu o País nos últimos quatro anos, temos agora a opção de mudar nosso destino e optar por um futuro melhor. Este governo de insanos no comando deixou profundas cicatrizes no tecido político, social e econômico, e precisa ser extirpado da nossa sociedade, sobretudo pela ameaça que representou, e representa, à nossa tenra democracia. O bolsonarismo, com seu extremismo de direita e radicalismo, precisa ser eliminado, pois faz, e fez, muito mal ao regime democrático e ao Estado de Direito.

Mesmo que a melhor opção tivesse sido a opção por um candidato da terceira via, comprometidos com governos sem corrupção, o fato é que em torno de 50% dos eleitores hoje, segundo os institutos de pesquisa, desejam a eleição do ex-presidente Lula. Pelas pesquisas, se Lula não for eleito hoje, o será em 30 de outubro, no segundo turno. Em que pese desvios éticos de alguns petistas, a eleição do ex-presidente é a única capaz de derrotar o nefasto bolsonarismo.

E essa vontade popular terá que ser aceita por todos. Esse é o pilar da democracia. O resultado das urnas precisa ser respeitado. E, no caso do Brasil, nada melhor do que confiar na segurança e eficiência das nossas urnas eletrônicas. Desde que foram implantadas, em 1996, jamais registraram uma única fraude comprovada. Portanto, os derrotados hoje devem aceitar pacificamente e não insistirem em teses diabólicas de que a eleição pode ser fraudada. Aliás, todos os bolsonaristas, incluindo o presidente, sempre foram eleitos por essas mesmas urnas, e sempre aceitaram os seus resultados.

Basta acreditar agora que o futuro governo que vier a sair das urnas reconstrua o País e resolva o problema mais crucial: 33 milhões de pessoas passam fome e 10 milhões estão desempregadas. O Brasil precisa de reformas urgentes e meios para acabar com o poder do Centrão que estruturou o Orçamento Secreto para destinar mais de R$ 20 bilhões a obras superfaturadas. Precisamos que os recursos da União sejam destinados para os brasileiros mais carentes, sem corrupção na destinação dos recursos. Esperamos, pois, que a democracia vença o medo de voltarmos ao passado de ditaduras, sejam elas quais forem.