Não é de hoje que a TV Globo vem fazendo cortes e demissões em massa no quadro de funcionários. De atores consagrados ao departamento de jornalismo, a emissora de Roberto Marinho tem feito uma verdadeira limpa. Além da Globo, outras emissoras também estão passando por uma fase de redução de gastos, mas conhecida como crise.

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Como é novo contrato da Globo ?

Nos últimos anos, a TV Globo tem encerrado o contrato fixo de vários artistas veteranos, como Antonio Fagundes, Stenio Garcia, Marieta Severo, Osmar Prado, entre outros nomes. Agora, o objetivo da empresa é cortar os altos salários e fazer apenas um contrato por obra, algo que acaba deixando os atores livres para negociar trabalhos em outras emissoras ou plataformas de streaming.

Saída de Faustão da Band gera prejuízo e causa demissões em massa na emissora

A saída de Faustão ainda segue dando o que falar e tem gerado demissões em massa na BandSegundo uma fonte de IstoÉ Gente, a emissora está reduzindo custos em diversos setores, por causa do prejuízo com o programa de Faustão.

Por meio da rede social profissional LinkedIn, alguns funcionários estão fazendo textos falando sobre o desligamento da empresa e confirmando o que foi nos passado pela fonte: demissões por conta do comunicador.

No dia 25 de maio, Cris Gomes, Beto Silva e Renato Moreira, diretores do programa de Fausto, foram demitidos. Em nota à imprensa, a emissora afirma que a decisão foi tomada em comum acordo. Leia abaixo o comunicado na íntegra!

“Eles atuaram brilhantemente ao lado de Fausto Silva, liderando com muita competência e profissionalismo uma numerosa equipe que foi responsável por esse projeto que levou alegria, diversão e informação para milhões de brasileiros. A Band agradece aos profissionais pelos dois anos de dedicação ao programa e deseja muito sucesso nas novas empreitadas”.

“A emissora seguirá investindo em entretenimento para toda a família na faixa das 20h30 de segunda a sexta-feira. A nova atração, por ter um novo formato, será dirigida por Ignácio Iglesias, que já atuou em programas como CQC, A Liga, Pesadelo na Cozinha e 1001 Perguntas. Ele trabalhará com a atual equipe de produção. Detalhes sobre o novo projeto serão anunciados em breve.”

TV Gazeta em crise?

Ao que tudo indica, a crise financeira também chegou na TV Gazeta. Segundo informações do colunista Flávio Ricco, do R7, a apresentadora Regina Volpato, de 55 anos, vai deixar, em breve, o comando do programa “Mulheres”. A jornalista se recusou a aceitar uma imposição de redução salarial de 20% feita pela emissora, o que deixaria seu salário bem abaixo do que é pago no mercado.

Ainda de acordo com Ricco, a Gazeta impôs essa redução salarial a todos os apresentadores que são líderes de atrações da casa. Esse fator não era negociável e a ordem que veio de cima foi: “quem não aceitar, está fora”, e com isso a comunicadora não topou e a casa não fez questão de negociar.

Já segundo informações do IG, Volpato, que ficará sob comando da atração até a primeira quinzena de agosto, terá seu salário congelado – sem a redução dos 20% que os demais talentos terão suas folhas de pagamento.

Regina Volpato está no “Mulheres” desde 2018, quando a apresentadora anterior da atração, Catia Fonseca, deixou a Gazeta para comandar o “Melhor da Tarde”, na Band.

Além da comunicadora, no final de maio, após três anos na TV Gazeta, Leão Lobo foi demitido da emissora, onde comandava o programa “Revista da Manhã”, ao lado de Regiane Tápias.

O jornalista de celebridades atribui seu alto salário ao motivo de sua saída: “Amo a Gazeta. É como se fosse a casa dos meus pais, sabe? Aquela que sempre quero voltar. Mas eles me explicaram que meu salário era alto para o porte da emissora”, disse Leão em entrevista ao UOL.

“E eu faço questão de manter o meu padrão salarial, não só por mim, mas por todos os colegas da nossa área”, completou.

Com prejuízo de meio bilhão, Record TV faz demissões em massa

A Record TV, que no ano passado teve um prejuízo calculado em meio bilhão de reais, está fazendo demissões em todas as áreas, mas principalmente no jornalismo, onde estão os maiores salários. Segundo informações do site Notícias da TV, serão demitidos ao longo desta semana mais de 200 profissionais.

No dia 17 de julho, Patrícia Costa, ex-apresentadora do ‘Domingo Espetacular’, e do repórter Sylvestre Serrano foram os primeiros a deixar a emissora. Também foram dispensados o diretor de Apoio Operacional do Jornalismo, Luiz Cardamone, o Canário, o diretor de Conteúdo OTT (PlayPlus), Josmar Bueno Júnior, e o coordenador do núcleo de Esportes, Georgios Theodorakopoulos, o Grego.

Em 2022, a Record registrou um prejuízo de R$ 517 milhões. Ainda de acordo com o veículo, os principais critérios para os cortes são salário alto e produtividade.

É o fim nas emissoras de televisão?

IstoÉ Gente conversou com Higor Gonçalves, jornalista especializado em gestão estratégica de imagem, que fez uma análise e explicou as mudanças e crises nas emissoras. Confira!

“Sim, a maioria das emissoras de televisão está em crise. Não é uma situação específica, de uma ou outra, mas do próprio mercado. Também não é uma particularidade do Brasil. Grupos midiáticos de peso, em outros países, também estão se reestruturando, promovendo cortes e tentando equilibrar receitas e despesas para manterem-se economicamente viáveis. Este cenário começou a ser desenhado no passado, com a disseminação do uso de dispositivos móveis, como smartphones e celulares, e, a partir deles, com o crescimento do acesso à internet”, explica o profissional.

“Com os dispositivos móveis, uma parcela significativa do público das emissoras de TV passou a se informar e a se entreter de forma online, acessando portais de notícias, mídias sociais, jogos eletrônicos e serviços de streaming. Todas essas plataformas conquistaram uma parte importante dos consumidores de televisão. Com a dispersão da audiência para outros meios, para outras mídias, a verba publicitária também dispersou-se. Antes, as TVs disputavam os orçamentos dos anunciantes apenas com veículos tradicionais, como jornais, revistas e rádios, por exemplo. Hoje, as alternativas para a veiculação de publicidade passaram a ser diversas. Se instaurou, no mundo inteiro, uma ‘guerra pela atenção’. Conflito esse que está acirradíssimo agora.”

“A operação do negócio televisivo é cara. TV é sonho, magia e glamour, mas a produção e a distribuição têm um alto custo, hoje em dia cada vez mais elevado. A audiência busca informação e entretenimento de qualidade, ao passo que as emissoras buscam solvência e lucro. A maior fonte de renda delas ainda é a verba publicitária. As fontes extras de receitas, por enquanto, não suprem os custos de manter a operação. O cenário já era complicado há alguns anos, mas a pandemia de covid-19. Quando a situação torna-se insustentável, a atitude é renegociar contratos, vender propriedades e desligar colaboradores. Tudo em nome da viabilidade do negócio. A lógica é: ‘perde-se os anéis, mas ficam os dedos.’ É o que tem levado ao fim da prática de longos contratos, à diminuição na remuneração de artistas e jornalistas, à drástica redução de despesas e à significativa diminuição nos investimentos que vêm acontecendo nas emissoras. Para preservar a excelência, elas terão que adotar uma abordagem não apenas mais racional, mas, sobretudo, mais criativa. Isso, no entanto, a televisão sabe fazer bem. Principalmente a brasileira. A criatividade está em seu DNA”, completa Higor Gonçalves.