Na finalização da votação da “mãe de todas as reformas” deverá ter início uma nova fase de trabalhos no Congresso para dar andamento à extensa lista de projetos represados. Afinal, como todos sabem, o novo sistema de Previdência não é suficiente, nem solução para todos os problemas. Estão na fila de análise, no campo delicado da economia, questões como a MP da liberdade econômica (que pode caducar ainda neste mês), a reforma tributária, o programa de parceria de investimentos, a pendência sobre a recuperação financeira de estados e municípios, autonomia do Banco Central, marco legal do saneamento, dentre outras propostas menos urgentes como a do decreto de armas de fogo, a de educação infantil em casa e a do cadastro ambiental rural. Não faltam demandas e a maioria delas embute um complexo processo de negociação que irá exigir muito jogo de cintura, e articulação política, do governo. Mais do que nunca, a formação e consolidação de uma base de apoio no parlamento se mostra vital. Privatizações, desregulamentações e novos marcos legais estão na categoria de incentivos ao aumento da produtividade, mas não sensibilizam os parlamentares como o tema da Previdência que poderia, caso não votada, jogar sobre eles a culpa de uma crise econômica sem precedentes.


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