A demanda global por viagens aéreas cresceu 6,3% no consolidado de 2016 em relação ao resultado do ano anterior, informou nesta quinta-feira, 2, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Em nota, a entidade destaca que o desempenho foi superior à média de crescimento anual da demanda nos últimos dez anos, de 5,5%.

Já a oferta global por viagens aéreas avançou 6,2% no ano passado na comparação com 2015. Assim como a demanda cresceu em ritmo mais elevado do que a oferta, a taxa de ocupação das aeronaves melhorou e atingiu 80,5% em 2016, uma alta de 0,1 ponto porcentual (p.p.) na base anual. Segundo a Iata, a taxa de ocupação registrada ao fim do ano passado representa um recorde entre os dados de anos fechados.

“O setor aéreo nos deu boas notícias em 2016, e a conectividade aumentou com o estabelecimento de mais de 700 novas rotas”, destaca, em nota, o diretor geral e presidente da Iata, Alexandre de Juniac. “A demanda por viagens aéreas ainda está crescendo, e o desafio, para os governos, é criar condições para atender essa demanda”.

Segundo o executivo, entre os pontos que devem ser trabalhados estão o fornecimento de infraestrutura adequada, a criação de regulações que facilitem o crescimento e o estabelecimento de impostos que não inibam o desenvolvimento da indústria. “Se pudermos atingir esses itens, há um grande potencial para que a indústria aérea crie mais empregos e siga segura e sustentável”.

Separando por regiões, a Iata destaca que o maior aumento na taxa de ocupação global em 2016 ocorreu na América Latina. O índice chegou a 80,8%, um crescimento de 1,3 p.p. na base anual, com a demanda avançando 3,6% e a oferta expandindo 1,9%.

Por outro lado, a taxa de ocupação no Oriente Médio recuou 1,6% em 2016 ante 2015, para 74,7% (os aumentos na demanda e oferta foram de 11,2% e 13,5%, respectivamente). A região com a maior taxa de ocupação no ano passado foi a América do Norte, com 83,5%, uma retração de 0,4 p.p. ante 2015 (a demanda aumentou 3,2% e a oferta cresceu 3,7%).

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Doméstico

No segmento doméstico global, a entidade informa que a demanda avançou 5,7% em 2016 ante 2015, enquanto a oferta cresceu 5,1% na mesma base de comparação. Desta maneira, a taxa de ocupação doméstica global expandiu 0,5 p.p., para 82,2%.

Separando por regiões, a Iata destaca que o crescimento do segmento doméstico global no ano passado foi puxado por Índia e China, que registraram crescimentos na demanda de 23,3% e 11,7% ante 2015, respectivamente. O Brasil, por outro lado, registrou queda de 5,5% na demanda doméstica em 2016.

Ainda em relação ao mercado brasileiro, os dados da Iata mostram que a oferta doméstica em 2016 teve uma queda mais forte, de 5,8% na base anual, levando a taxa de ocupação doméstica a aumentar 0,3 p.p. no ano passado ante 2015, para 80,1.

Internacional

No segmento internacional, a demanda global aumentou 6,7% em 2016 na base anual, com a oferta crescendo 6,9% – com isso, a taxa de ocupação diminuiu 0,2 p.p., para 79,6%. A Iata destaca que todas as regiões do mundo (Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio, América do Norte, América Latina e África) registraram aumento na demanda internacional no ano.


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