03/05/2024 - 14:47
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) anunciou, por meio das redes sociais, que não irá mais concorrer à Prefeitura de Curitiba nas eleições municipais deste ano. O partido do ex-procurador da República havia anunciado a pré-candidatura em janeiro, mas Deltan confirmou nesta sexta-feira, 3, que “não prosseguirá”.
Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Dallagnol declarou que após orar e refletir, decidiu desistir da corrida eleitoral. “Sinto que minha missão neste momento vai além de Curitiba e que posso contribuir de modo mais amplo para a renovação política, ajudando a formar e eleger candidatos Brasil a fora”, pontuou o ex-parlamentar, alegando que não busca um cargo e sim uma transformação.
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Confira o vídeo publicado por Dallagnol:
Depois de muita oração e reflexão, tomei a difícil decisão de não concorrer à prefeitura de Curitiba. Assista o vídeo até o final para entender e muito obrigado pelo seu apoio hoje e sempre. pic.twitter.com/Ya4K6mRhew
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) May 3, 2024
O ex-deputado federal trocou o Podemos pelo o Novo em setembro do ano passado para ser o embaixador nacional da sigla. Dallagnol recebe R$ 41 mil por ocupar tal cargo. Apenas um mês depois, o partido teve o maior número de filiações em um único mês desde junho de 2019. Ao total, foram 1.720 novos membros.
“Vamos para a linha de frente dessa batalha junto com a população guerreira da República de Curitiba, que sempre apoio a Lava Jato”, declarou Dallagnol em novembro de 2023, citando uma possível candidatura para a Prefeitura da capital paranaense e fazendo referência à operação que o tornou conhecido nacionalmente.
Dallagnol foi o deputado federal mais votado do Paraná nas eleições de 2022, contabilizando 344.917 votos. Em maio de 2023, o ex-parlamentar foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em decisão unânime.
Apesar de tomada em 2023, a decisão da corte poderia afetar a possibilidade de candidatura de Dallagnol. Quando questionado, o ex-deputado federal reiterou que, conforme uma série de juristas, ele não perdeu capacidade de concorrer, já que apenas a candidatura teria sido anulada. Entretanto, é possível que o político seja considerado inelegível, o que cabe à Justiça Eleitoral decidir caso o ex-procurador da República tente concorrer.