Delegado suspeito de receber propina se entrega em Campinas
O delegado Mário Bergamo, do 4º Distrito Policial de Campinas, um dos alvos de uma operação da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público contra policiais corruptos deflagrada na terça-feira, 26, apresentou-se nesta quarta-feira, 27, à Corregedoria da Polícia Civil. Ele estava com mandado de prisão expedido e chegou acompanhado do advogado. O delegado foi levado para um presídio da capital, mas pode ser transferido para uma clínica, pois está em tratamento de saúde.
A operação resultou na prisão de quatro policiais civis envolvidos na investigação do roubo da empresa de valores Protege, no dia 14 de março, em Campinas. Um advogado e um receptador também foram presos. Além do delegado, um escrivão e um investigador tiveram mandados de prisão expedidos. O escrivão também já se entregou à corregedoria e o investigador continuava foragido.
Escutas telefônicas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontam que Bergamo teria cobrado R$ 2 mil para liberar um veículo em situação irregular. O advogado David Martins disse que ele não cometeu o crime.
Segundo ele, as escutas mostram que o delegado apenas pediu o documento do carro. Martins informou que vai entrar com habeas corpus em favor do delegado. Segundo ele, o policial faz tratamento contra depressão há 15 anos e a doença se agravou, por isso ele estava afastado das funções.
Além do delegado, as escutas implicam investigadores do 2º e 4º Distritos Policiais que estavam investigando o roubo na Protege. Eles teriam recebido R$ 35 mil para não prender um acusado de receptação. A investigação apurou que os investigadores encontraram produtos roubados na casa do suspeito e pediram o dinheiro para livrá-lo da prisão. O valor foi entregue a um dos investigadores. As defesas dos suspeitos negam a extorsão.
Na casa de um dos investigadores presos, a operação apreendeu R$ 470 mil em dinheiro. O policial não soube explicar a origem do dinheiro. Ele e seus colegas atuavam na investigação do assalto à Protege, em que os bandidos levaram R$ 50 milhões. A suspeita de que eles podem ter feito “vista grossa” nas investigações do roubo em troca de propina está sendo investigada. A numeração das cédulas será confrontada com a do dinheiro roubado da Protege.
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