O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e preso sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no dia 14 de março de 2018, deve prestar depoimento no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira, 15.

A oitiva consta na pauta da Câmara dos Deputados. O ministro Alexandre de Moraes autorizou na sexta-feira, 12, os depoimentos de Domingos e Rivaldo por meio de videoconferência. Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, junto ao delegado, são réus no STF (Supremo Tribunal Federal) pela suspeita de terem planejado o crime.

Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) também foi convidado para falar nesta segunda-feira, mas sua presença ainda não foi confirmada. Já o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) é alvo de processo de cassação.

Também estão previstas as participações do vereador Willian Coelho (DC-RJ), do ex-deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), do ex-vereador Tio Carlos (Solidariedade-RJ). O delegado da Polícia Civil Daniel Rosa, que foi um dos que comandou a investigação sobre os assassinatos, ainda não confirmou a presença.

Se os depoimentos não terminarem nesta segunda, devem continuar na terça-feira, 16, quando o deputado Chiquinho Brazão também deve ser ouvido.

Chiquinho teve apenas uma defesa

No dia 9 de julho, o ex-assessor do deputado Marcos Rodrigues Martins depôs no caso que pode cassar o mandato de Chiquinho Brazão. Durante seu depoimento, ele minimizou a participação do parlamentar em projetos de lei que tratavam de políticas fundiárias, elemento apontado pela Polícia Federal para o assassinato de Marielle Franco.

“O primeiro (projeto de lei) é de março de 2015, foi de autoria do Poder Executivo, aí alterado pelo vereador Brazão”, disse. Depois, Marcos afirmou que a nova redação do texto “passou pelo trabalho de mais de 10 comissões”. O ex-assessor trabalhou diretamente com Chiquinho Brazão na Comissão de Assuntos Urbanos.

*Com informações do Estadão Conteúdo