O ex-senador Delcídio do Amaral (PRD) declarou uma perda de quase R$ 2 milhões entre 2022 e 2024 no registro de sua candidatura à prefeitura de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Quando foi candidato a deputado federal nas eleições passadas — em que não foi eleito –, ele declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um patrimônio de R$ 3,3 milhões. Neste ano, entretanto, o patrimônio registrado foi de R$ 1,5 milhão.

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A mudança na composição de seus bens foi o tamanho de seus investimentos financeiros. Em 2022, ele tinha um depósito judicial de R$ 1,7 milhão em sua conta, aplicações que hoje somam a quantia de R$ 217 mil, investidos na infraestrutura e no gado de uma fazenda.

O restante do patrimônio permaneceu o mesmo: Delcídio possui terras pastáveis em Corumbá, um terço do Rancho do Vale II, quatro lotes em Caldas Novas (GO), um terço de uma fazenda, um flat e um apartamento em Florianópolis (SC).

Preso na Lava Jato

O político foi delator durante a Operação Lava Jato. Em 2014, foi acusado de receber US$ 1 milhão do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, pela compra da refinaria de Pasadena. Ele foi preso por obstruir as investigações, mas em 2015 ficou livre e ainda se tornou líder do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado..

Em 2016, fez sua delação premiada e acabou sendo cassado meses depois. Longe dos holofotes, decidiu se mudar para Corumbá e tentar retomar sua carreira política na cidade.

Em 2018, tentou concorrer ao Senado, mas sua candidatura foi impugnada pela Lei da Ficha Limpa. No pleito seguinte, tentou uma vaga na Câmara, mas recebeu pouco mais de 18 mil votos e não se elegeu.