Delator da Odebrecht vai a Toffoli para se livrar de processo

Ex-diretor da Odebrecht que atualmente trabalha para a J&F pediu ao STF suspensão e encerramento de ação de improbidade

Toffoli reforçará que não anulou leniência, só provas
Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A recente boa sorte de Marcelo Odebrecht no STF estimulou mais um integrante do time de delatores da Odebrecht a buscar Dias Toffoli para se livrar de problemas na Justiça. O nome da vez é João Mariz Nogueira, ex-diretor da empreiteira que atualmente trabalha para a J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Nogueira responde, ao lado de Marcelo, a uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal do Distrito Federal. O caso apura supostos pagamentos ilícitos ao ex-ministro e ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel em troca de benefícios à Odebrecht junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff.

Os advogados de Nogueira pediram ao STF a suspensão e o arquivamento do processo. Eles alegam que a ação de improbidade tem como base as mesmas acusações de uma ação penal em que Nogueira e os outros réus foram absolvidos. O argumento é que, se ele foi considerado inocente em um processo criminal, não haveria razão para ser condenado em uma ação de improbidade.

A defesa também bate nas teclas das provas anuladas da Odebrecht, como os sistemas Drousys e MyWebDay, e na invalidação de todas as decisões da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht. Conteúdos de celulares do empreiteiro apreendidos pela operação estão entre as principais evidências do processo de improbidade.

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