A mediana do relatório Focus para o déficit primário de 2024 permaneceu em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB) pela terceira semana consecutiva. Um mês atrás, ela era de 0,61%. A estimativa intermediária de déficit primário de 2025 passou de 0,61% para 0,66% do PIB, contra 0,60% um mês antes.

Este mês, o governo anunciou que identificou R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que serão cortadas no Orçamento do ano que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que há compromisso em se cumprir o arcabouço fiscal até 2026, o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O arcabouço impõe como meta um déficit primário zero este ano, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para cima ou para baixo. O alvo do ano que vem – de superávit primário de 0,5% do PIB – foi alterado em abril, também para um déficit zero.

Nominal

A mediana do Focus sugere déficit nominal de 7,25% do PIB este ano, a mesma estimativa de uma semana atrás. Há um mês, a projeção era de 7,20%. A estimativa intermediária para 2025 sugere déficit nominal de 6,50% do PIB, o mesmo nível da semana anterior. Um mês antes, a projeção era de 6,44%.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.

A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB passou de 63,85% para 63,70% em 2024, contra 63,68% um mês antes. A estimativa intermediária para 2025 ficou em 66%, contra 66,40% na semana anterior e 66,50% um mês antes.