O setor público consolidado teve déficit nominal de R$ 74,681 bilhões em outubro, após déficit de R$ 53,767 bilhões em setembro, informou o Banco Central. Em outubro de 2023, o resultado nominal havia sido negativo em R$ 47,148 bilhões.

O déficit nominal do setor público é de R$ 818,525 bilhões, ou 8,53% do Produto Interno Bruto (PIB), de janeiro a outubro de 2024. Em 12 meses, o rombo chega a R$ 1,093 trilhão, ou 9,52% do PIB. O déficit nominal acumulado em 2023 foi de R$ 967,417 bilhões, 8,91% do PIB.

O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, contando o pagamento dos juros da dívida pública.

O governo central teve déficit nominal de R$ 65,048 bilhões em outubro. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 8,938 bilhões, enquanto as empresas estatais tiveram déficit nominal de R$ 694 milhões.

Gasto com juros

Segundo o BC, as despesas do setor público consolidado com juros nominais atingiram o maior nível da série histórica em outubro. Esses gastos somaram R$ 111,564 bilhões. O pico anterior, de R$ 98,118 bilhões, havia sido atingido em junho de 2022.

O pagamento de juros sobre a dívida interna e externa acumulado em 12 meses até outubro atingiu R$ 869,321 bilhões, ou 7,57% do PIB. Em reais, é o maior nível da série histórica, empatado com julho deste ano (R$ 869,767 bilhões).

A dívida bruta do governo geral (DBGG) subiu a R$ 9,032 trilhões em outubro, cruzando a marca dos R$ 9 trilhões pela primeira vez na série histórica do Banco Central. Em reais, ela sobe ininterruptamente há 22 meses, desde janeiro de 2023, quando estava em R$ 7,257 trilhões.