A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai usar as conversas entre o ex-juiz Sergio Moro, procuradores da Lava Jato e autoridades da Suíça para questionar a cooperação entre o Brasil e o país europeu e assim ter acesso aos arquivos originais que foram apreendidos dos servidores da Odebrecht. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.

A defesa de Lula suspeita que a cooperação aconteceu de forma extraoficial e, com isso, seja possível anular as provas obtidas. A hipótese é negada tanto pela Força-Tarefa como pelos suíços que alegam que a cooperação foi legal e permitiu desmontar, por exemplo, a rede de pagamentos que era alimentada pelo ex-deputado Eduardo Cunha.

Advogados na Suíça já estão com os documentos e aguardam o  posicionamento do Ministério Público em Berna sobre a legitimidade das mensagens trocadas entre os procuradores. As conversas foram apreendidas na Operação Spoofing, que investigou a invasão por hackers dos celulares dos procuradores.