BUENOS AIRES, 17 JUN (ANSA) – O advogado de Dahiana Madrid, uma das enfermeiras que cuidavam de Diego Maradona, acusou nesta quarta-feira (16) os médicos do ex-craque argentino de serem os responsáveis pela sua morte.

“Mataram Diego. Há uma responsabilidade dos médicos que o tratavam. Houveram muitas bandeiras vermelhas de que Maradona morreria durante a noite e nenhum dos médicos fez nada para evitar isso”, disse o advogado Rodolfo Baqué, após a audiência em que sua cliente deu um depoimento sobre a morte do astro.

Baqué ainda garantiu à mídia que o ídolo argentino recebeu drogas psicotrópicas que aceleraram os seus batimentos cardíacos, mesmo estando em tratamento para doenças do coração.

Assim como o resto da equipe médica que tratou de Maradona, Madrid, de 36 anos de idade, está sendo investigada pela morte do ex-jogador do Napoli e do Boca Juniors. No total, sete indivíduos foram acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

“O que Madrid fez foi respeitar as indicações dos médicos que tratavam Maradona”, disse o advogado a repórteres.

Em 25 de novembro de 2020, Maradona morreu em decorrência de um ataque cardiorrespiratório em sua residência em Tigre, no norte de Buenos Aires, poucas semanas depois de passar por uma cirurgia no cérebro para detectar um coágulo sanguíneo. O ex-jogador tinha 60 anos de idade e sofria de problemas renais, hepáticos e cardíacos.

Em outro depoimento, Ricardo Omar Almirón, enfermeiro noturno de Maradona, negou ter abandonado seu paciente e revelou para as autoridades que recebeu ordens para não acordar o ex-atleta.

(ANSA).