A defesa do ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, avalia medidas para derrubar o afastamento do ex-cartola do futebol diante da prisão de um dos juízes que determinou, na Fifa, sua punição. O brasileiro foi banido do futebol para sempre e teve de deixar seu cargo na CBF.

Nesta quarta-feira, um membro do Comitê de Ética da Fifa foi detido sob suspeita de corrupção na Malásia. Sundra Rajoo estava em Zurique nesta semana para reuniões na entidade máxima do futebol, onde ele ocupa um cargo equivalente ao de um juiz. Mas, ao aterrissar em seu país, foi detido.

No ano passado, depois de afastar antigos juízes e investigadores, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, escolheu uma nova equipe de especialistas “independentes”. Rajoo era um deles e um dos dois juízes da câmara adjudicatória do Comité de Ética da Fifa.

Mas o juiz também foi um dos membros do Comitê que definiu o afastamento de Del Nero, acusado de corrupção nos EUA. Agora, diante da suspeita em relação ao malaio, a defesa do brasileiro avalia questionar a decisão e pedir a reabertura do processo. Nos próximos dias, os advogados de Del Nero irão avaliar brechas no processo e o papel que o juiz sob suspeita teria.

Na Malásia, porém, o juiz conseguiu ser solto e espera pela avaliação do caso em liberdade. Ele apresentou imunidade diplomática, mas foi obrigado a renunciar ao seu cargo no Centro Internacional de Arbitragem. A Fifa indicou que o juiz foi afastado de todas as decisões enquanto seu processo é examinado na Malásia.