SÃO PAULO, 22 NOV (ANSA) – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (22) que a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “causa profunda perplexidade” e pode colocar a vida do ex-presidente “em risco”.
Segundos os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno a decisão causa perplexidade, “principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações”.
Em nota, a defesa de Bolsonaro destaca que “a Constituição de 1988, com acerto, garante o direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa”.
Moraes defendeu a prisão como forma de preservar a ordem pública, alegando que uma vigília havia sido convocada em frente ao condomínio do ex-presidente para impedir sua detenção. O ministro acrescentou ainda que Bolsonaro teria violado a tornozeleira eletrônica, indicando uma possível tentativa de fuga.
“Apesar de afirmar a ‘existência de gravíssimos indícios da eventual fuga’, o fato é que o ex-presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais”, acrescenta a nota da defesa.
Além disso, Vilardi e Bueno enfatizaram que “o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”. Por fim, ambos garantiram que a defesa vai apresentar o recurso cabível. (ANSA).