A Defesa Civil da Faixa de Gaza relatou, neste domingo (17), a morte de 18 pessoas e dezenas de feridos em bombardeios e disparos israelenses no território palestino, devastado por mais de 22 meses de guerra.
Enquanto os ataques aéreos e as operações terrestres israelenses prosseguem na Cidade de Gaza, a rádio do Exército de Israel anunciou uma reunião neste domingo entre o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, e o Comando Sul sobre “planos para conquistar a Cidade de Gaza”, um reduto do Hamas, segundo Israel.
Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, disse à AFP que sete dos 18 mortos eram palestinos e que a causa da morte foi um ataque de drones no pátio do Hospital al-Maamadani, na Cidade de Gaza, capital do território palestino no norte.
Segundo testemunhas, as vítimas eram membros da “Unidade Sahm”, filiada ao movimento islamista Hamas. Esta unidade é composta por centenas de agentes de segurança e voluntários encarregados de “fornecer ajuda e combater saqueadores”, segundo fontes do Hamas.
O Exército não comentou sobre esses bombardeios, mas confirmou anteriormente uma série de operações nos arredores da Cidade de Gaza, onde moradores relataram intensos ataques aéreos e incursões terrestres.
Segundo a rádio do Exército, o objetivo seria, “até 7 de outubro”, não apenas “evacuar a população da Cidade de Gaza, mas também concluir o cerco à cidade e assumir o controle operacional”. “Isso significa que a operação começará nas próximas semanas.”
“Pelo menos quatro divisões serão mobilizadas na Faixa de Gaza como parte da nova operação”, afirmou a rádio, referindo-se à mobilização de “várias brigadas de reserva, compostas por dezenas de milhares de soldados da reserva”.
As autoridades israelenses indicaram no sábado que “barracas e outros equipamentos de abrigo serão fornecidos a partir de domingo, como parte dos preparativos do exército para transferir a população das zonas de combate para o sul da Faixa de Gaza, para sua proteção”.
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