Defesa Civil de Gaza reporta pelo menos 29 mortos em bombardeios israelenses

A Defesa Civil de Gaza informou, nesta quinta-feira (1°), o balanço de pelo menos 29 mortos desde a noite anterior devido a bombardeios israelenses no território palestino.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o “objetivo supremo” do Exército na Faixa de Gaza é derrotar o Hamas.

O Exército israelense pôs fim em 18 de março a dois meses de trégua com o Hamas e retomou sua ofensiva na Faixa de Gaza, lançada após o ataque sem precedentes do grupo islamista palestino em 7 de outubro de 2023.

Durante a noite passada, oito pessoas morreram em um bombardeio contra uma casa no campo de refugiados de Khan Yunis, no sul do território, detalhou à AFP uma autoridade da Defesa Civil, Mohammed al Mughayyir.

Outras quatro pessoas morreram em um bombardeio no bairro de Al Tuffah da Cidade de Gaza, no norte, acrescentou.

Pelo menos 17 pessoas morreram em sete ataques no território, um dos quais ocorreu na cidade de Deir al Balah, no centro, segundo a mesma fonte.

Imagens da AFP mostram palestinos buscando restos humanos entre os escombros dos edifícios destruídos.

A situação na Faixa de Gaza é “uma abominação”, denunciou nesta quinta-feira um alto responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS), que expressou sua indignação diante da falta de ação para socorrer a população.

“Devemos nos perguntar quanto sangue é suficiente para satisfazer os objetivos políticos de ambos os lados?”, questionou Mike Ryan, diretor-geral adjunto da OMS, durante uma coletiva de imprensa.

“Estamos destroçando o corpo e a alma das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de fome, e se não agirmos, seremos cúmplices do que ocorre diante dos nossos olhos”, insistiu.

No ataque do Hamas de 7 de outubro morreram 1.218 pessoas em solo israelense, a maioria civis, segundo uma contagem a partir de dados oficiais.

Os islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 58 seguem em Gaza, entre as quais 34 estão mortas, segundo o Exército israelense.

Para obrigar o Hamas a entregar os reféns, Israel bloqueia desde 2 de março a entrada de toda ajuda humanitária.

A ofensiva israelense no território palestino já matou mais de 52.400 pessoas.

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