Pelo menos 52 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza, incluindo um funcionário da ONG Médicos Sem Fronteiras, informaram nesta quinta-feira (2) a Defesa Civil e os centros de saúde do território.
A agência de defesa civil, uma organização de resgate que opera sob o comando do movimento islamista palestino Hamas, indicou que as mortes ocorreram devido a “bombardeios israelenses constantes (…) desde o amanhecer”.
Dez das mortes ocorreram na Cidade de Gaza e entre os falecidos havia ao menos uma criança.
Diversos hospitais confirmaram à AFP que receberam dez mortos na Cidade de Gaza, 14 no centro da Faixa e 28 no sul.
De acordo com os centros de saúde, algumas pessoas morreram em bombardeios e outras por tiros provenientes de drones ou outras fontes.
O hospital Naser de Khan Yunis, no sul, disse ter registrado a morte de cerca de 30 pessoas, das quais 14 morreram por “disparos israelenses” direcionados a palestinos que aguardavam a distribuição de alimentos.
O hospital Mártires de Al Aqsa em Deir al-Balah, no centro do território, informou ter recebido nove corpos após vários ataques em áreas vizinhas.
Um fotógrafo da AFP viu vários cadáveres, alguns envolvidos em mortalhas brancas, no necrotério do hospital.
Entre eles estava Omar al Hayek, de 26 anos, membro da equipe de Médicos Sem Fronteiras (MSF), que morreu em um bombardeio contra um grupo de civis no centro de Deir al-Balah, segundo o hospital e sua família.
“Soubemos que alguns de nossos funcionários ficaram feridos e foram levados ao hospital Mártires de Al Aqsa”, disse Karin Huster, chefe da equipe médica de MSF em Gaza.
“Quando chegamos, descobrimos que um de nossos colegas havia morrido e outros quatro ficaram feridos”, declarou.
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