Defesa Civil de Gaza reporta 51 mortos em operações militares de Israel

Defesa Civil de Gaza reporta 51 mortos em operações militares de Israel

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou nesta segunda-feira, 30, que 51 pessoas morreram em bombardeios ou por disparos do Exército de Israel no território palestino, onde operações deixam vítimas fatais desde outubro de 2023, após uma invasão do grupo radical islâmico Hamas ao território israelense.

Segundo socorristas, um bombardeio matou 24 pessoas e feriu outras dezenas em uma área chamada Al-Baqa, uma praia de Gaza. “Sempre há muita gente nesse lugar, que oferece bebidas, áreas para famílias e acesso à internet”, descreveu Ahmed al-Nayrab, 26 anos, que relatou ter ouvido explosões.

Vi pedaços de corpos voando para todos os lados, corpos despedaçados e queimados. Foi uma cena arrepiante. Todos gritavam. Os feridos gritavam por socorro, as famílias choravam por seus mortos”, disse.

Entre as vítimas de hoje, 11 morreram “perto de pontos de distribuição de ajuda no centro e sul do território”, disse à AFP Mahmud Basal, porta-voz dos socorristas.

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Por causa das restrições impostas aos jornalistas na Faixa de Gaza e do acesso difícil ao território, a AFP não conseguiu verificar de forma independente as informações da Defesa Civil. O Exército israelense não comentou os incidentes relatados por Basal.

Israel e o foco militar em Gaza

A guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.219 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.

Os militantes também sequestraram 251 pessoas, das quais 49 permanecem em Gaza, incluindo 27 reféns que, segundo o Exército israelense, morreram em cativeiro.

A ofensiva de retaliação do país ao movimento radical matou 56.531 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, estatísticas que a ONU (Organização das Nações Unidas) considera confiáveis.

Após passar 12 dias em guerra com o Irã, as tropas israelenses retomaram a estratégia prioritária de atuar no território palestino na última semana, quando o conflito com a nação persa foi encerrado por um cessar-fogo.